Um aviso aos marinheiros!


Por Gilvaldo Quinzeiro

Ficar de frente ao espelho ouvindo a si mesmo pode ser mais confortável do que, por exemplo, enfrentar o discurso alheio, que é sempre de natureza espinhosa. Sim, o espelho pode se tornar uma “confortável prisão”, e o pânico, como sintoma de uma vaga ideia de libertação!

Todavia, por mais fito que seja o olhar neste espelho, este, por sua vez, não tem como evitar os espinhos que, embora sem olhos, nos acertam a pele, e, às vezes nos adentram a carne...

O espinhar-se é, pois, parte do exercício dos que se arriscam a colher rosas!

Uma moça, que disputa um concurso de beleza, por exemplo, tem que primeiro saber enfrentar serenamente o fato da possibilidade de não ser aprovada em tal concurso, e mais do que isso, precisa tirar de si mesmo a beleza que, aos olhos dos jurados não lhe foi suficiente!


Por fim, o ultimo regado para “os marinheiros de primeira viagem”, dialogar com o rio, é, pois, mais significativo do que nele simplesmente banhar.

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