Os tecidos, as costuras e as pregas.
Por Gilvaldo Quinzeiro
Os profetas não são do tipo daqueles que colocam o dedo
na ferida, mas a boca – a boca metaforicamente!
Pois bem, neste tempo humanamente puído, onde os nós se
afrouxam; os remendos se descosturam, eis que podemos estar desperdiçando o que
ainda nos restou do último tecido, cosendo os nossos demônios! Existe hoje,
pelo que nos parece, uma demanda por demônio, em razão de, talvez, da fé já amarrotada!
Um exemplo disso é
a ‘demonização’ da arte!
Ora, enquanto usamos as nossas energias demonizando isso
ou aquilo, que também é humanamente nosso, podemos estar desperdiçando o ultimo
fôlego para erigir os nossos deuses. Especialmente diante de tantos “diabos
tecidos”?
Portanto, há um botão fora da casa. Há uma prega fora do
lugar.
O que tudo isso pode significar: um boi encaretado
correndo solto nas ruas!
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