A nossa concreta finitude, e a frágil construção da eternidade.
Por Gilvaldo Quinzeiro
A despeito de seus deuses, alguns com a cabeça de
cachorro; outros com a cabeça de pássaro; nenhum outro povo soube erguer a ‘eternidade’,
ainda que de pedras, mas, antes de tudo, em seu pensar, como os egípcios!
Sejam quais forem os seus segredos ou razões, aqueles que
engenharam as grandes pirâmides egípcias, não se deixaram ‘fincar’ na efemeridade!
Hoje, a despeito de sermos a “imagem e semelhança” de
Deus, como explicar a finitude daquilo que erguemos, para logo mais ser
vorazmente consumido e descartado? Tudo isso com o emprego da mais sofisticada
das tecnologias!
Há coisas pelas quais matamos ou morremos, e cuja
existência é tão efêmera, quanto o curto ciclo de vida um inseto numa noite em um
pântano.
Toda a nossa existência se tornou numa frágil finitude de
uma bolha de sabão, a qual estamos todos nos afogando, e, para desta bolha nos
desvencilharmos, perigosamente estamos apenas nos inflando: o estouro é
inevitável!
Assim como uma cobra ferida, a humanidade se dá conta que
o seu veneno não lhe dará asas – ainda bem!
Em outras palavras, nem as religiões com todos os seus
ensinamentos e sacrifícios, foram capazes de eficazmente transformar a
humanidade. E, como se não bastasse, quase todas as religiões anunciam para
breve o Retorno do Messias!
Mas, enfim, venha quem vier, trombetas ou catástrofes, o Anticristo
ou o Jesus Cristo, seremos e estaremos diante de nós mesmos!
Mas, afinal, Quem nós somos?
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