Inspirações e respeito ao ultimo “rapaz latino-americano”!


Por Gilvaldo Quinzeiro

Pois é, primo, eu soube agora pelo rádio... Morreu o “ultimo rapaz latino-americano”!  Morreu mesmo sem dinheiro no banco... Morreu também todas aquelas estradas!... Ficaram apenas algumas mudas de roupas e suas canções...

Que a Coca-Cola não saiba disso, mas estamos secos de espírito e de aventura! Falta-nos ‘sangue latino’ nas veias!...

Enquanto isso, o que mais me aperta o peito, primo, é ver os ‘jovens velhos’ de tanto comerem batata frita!

Enfim, os ventos do leste não vieram! Só se ouvem sopros de muros e discursos metalizados – avançando sobre as metralhadoras!

Aqueles caras, que transavam pelas suas ideias - partiram rumo ao “Rio que ainda  nos engana”,  ontem eu os vi em “fotografias 3 x 4”, mas agora de cabeças raspadas fazendo fogueirinha de velhos jornais – na prisão!  

Meus tributos e reconhecimentos ao grande pensador, cantor e compositor Belchior (1946 -2017)!


Vá com as flores de maio contemplando a sua vida estradeira! Vá com Você mesmo: atalhos e veredas do sertão em tempos raros de invernadas!

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