Aos que querem morrer pelas próprias mãos, um aviso: ora, bolas!
Por Gilvaldo Quinzeiro
A minha morte, que é a coisa mais certa entre tantas que
eu gostaria que não fosse nunca ocorrer, não fará também para mim mesmo nenhuma diferença: já estarei morto, contudo! As minhas mãos já não poderão defender-se
contra o meu mal-estar estampado no rosto! Ainda bem que seja assim, pois, do contrário,
se somaria mais uma preocupação entre tantas que, mesmo em vida, não tenho como
resolvê-las!
Viver, isso sim, faz toda a diferença!
Viver ainda que seja apenas para aprender sobre a simples vida das minhocas, que, nunca em milhões de anos de evolução
conseguiram ter uma ‘mão’ sequer, contudo, são capazes de ‘escavar’ tuneis nos
quais se protegem dos raios fulminantes do sol!
Ora, bolas!
A mão que decepamos neste exato momento em que achamos
que não valemos uma ‘minhoca’ - é a nossa!
– aquela (outra mão!) que acreditamos que irá doer – esta sim é a do
outro!
Por fim, o nosso maior
problema é acreditar que somos o ‘umbigo’ de todo o mundo!
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