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Mostrando postagens de abril, 2016

A crise brasileira, e o nome de ‘Deus’?

Por Gilvaldo Quinzeiro A atual crise política, ética e econômica brasileira aprofunda-se, e nos faz mergulhar numa situação perigosa. Nada é novo, tudo se assemelha ao passado, porém, ganha novos ingredientes e contornos. É preciso muita atenção, e um estudo apurado das coisas que estão em curso. Neste texto quero chamar atenção para alguns elementos. Primeiro, não foi o voto em si, nem o resultado da votação na Câmara Federal sobre o impeachment da Presidente Dilma, no último dia 17, que repercutiu, mas os homenageados pelo voto. Segundo, o nome de ‘Deus’ e até de torturadores foram usados com a mesma veemência pelos nossos parlamentares: mais do que uma decisão política, o que se viu foi uma verdadeira ‘cruzada’. Terceiro, de repente, ‘Deus’ se fez presente do mais precário ‘barro’ – tão terreno, quanto os seus defensores. Quarto, a religião ou quem dela faz uso, encontrou no atual contexto político brasileiro a sua dimensão apocalíptica – terreno fértil para q

AGRADECIMENTO!

Eu venho por meio desta, agradecer a todas as pessoas de diferentes culturas, países e línguas, que participaram no dia de ontem, 24, de “ O Mundo Literário Contemporâneo – A Literatura e Todas as Artes em Defesa da Paz e da Preservação do Planeta Terra”. Muito obrigado! Eu também quero pedir desculpas aquelas pessoas que por algum motivo tiveram dificuldade em acessar a página ou postar os seus textos e imagens, bem como por quaisquer outros motivos! O evento foi um sucesso: graças a participação de todos! Embora, sendo um evento virtual e tendo a duração de apenas um dia, alcançamos mais de 2 mil pessoas; pessoas estas, que dado a sua sensibilidade, compreensão e respeito a causa em questão – a paz e a preservação do planeta terra – tornaram o evento significativo. Plantamos uma semente. Que outras iniciativas como estas possam dar frutos. Provamos que ainda somos capazes de gestos belos, poéticos e fraternos. Eu também quero agradecer a todas as pessoas que

É AMANHÃ!

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Depois de muita expectativa acontecerá amanhã, dia 24, no endereço eletrônico https://www.facebook.com/El-Mundo-Literario-Contempor%C3%A1neo-1694339237485260/?ref=aymt_homepage_panel , “ O Mundo Literário Contemporâneo – A Literatura e Todas as Artes em Defesa da Paz e da Preservação do Planeta Terra”. Eu quero antes de mais nada, agradecer a todos os poetas, escritores, pensadores, cientistas, artistas, esportistas, estudantes, professores, enfim, a todas as pessoas, em diferentes partes do mundo que entenderam e atenderam a inciativa pela paz. De modo especial, quero agradecer a Alina Velazco-Ramos, a Daniel Dragomirescu, a Antônio Arroyo Silva e Chokri Omri! Muito Obrigado! É um encontro virtual, é verdade, e a paz exige muito mais e com urgência, todavia, é uma inciativa positiva! Desejos a todos os participantes muitas inspirações! Que possamos trocar ideias, fotos, textos, e, que sobretudo, que estejamos mais próximos um do outro, em que pese a distânc

Encontro virtual de escritores e artistas acontece neste domingo

No próximo domingo, dia 24, estará acontecendo pelas redes sociais, no endereço eletrônico, https://www.facebook.com/El-Mundo-Literario-Contempor%C3%A1neo-1694339237485260/ , um encontro de caráter multicultural, multilíngue pacifista, apartidário, ecológico, virtual e literário em prol da paz mundial e da preservação do planeta Terra, como programação alusiva ao Dia da Terra (22 de abril). Este encontro foi denominado “O Mundo Literário Contemporâneo – A Literatura e Todas As Artes em Defesa da Paz e da Preservação do Planeta Terra”, e visa também aproximar os escritores, poetas, artistas e pessoas das diferentes línguas e culturas para produzir e compartilhar textos literários, imagens, ideias, livros, e-mails, blogs e revistas entre si. O evento que foi concebido pelo professor Gilvaldo Quinzeiro, e que tem como organizadores, Alina Velasco-Ramos (México), Daniel Dragomirescu (Romênia), Antônio Arroyo Silva (Ilhas Canárias –Espanha) e Chokri Omri (Tunísia). Um dos pontos cu

A política em doses cavalares

Por Gilvaldo Quinzeiro Os búzios e as cartas serão jogados hoje. São Jorge não sabe o que fazer da espada diante de tantos dragões. A cachaça da nossa política traiu todos os bêbados; os becos ficaram estreitos demais, pelo jeito, os ‘santos’ se manterão em silêncio por este longo dia: nem uma resposta será antecipada! Se é coincidência, não sabemos, mas o mês de abril se acostumou a golpear feio a liberdade. Foi assim com o Tiradentes. Foi assim em 1964. Será assim hoje? O relinchar dos cavalos relembra-nos a paradoxal figura do sábio Rui Barbosa: nem ele conseguiu fazer o milagre na nossa economia – contra ele estavam os papeis, as canetas e a velha oligarquia rural.  Como se diz no dito popular: “o Brasil é que nem rabo de cavalo, só cresce para baixo”! A nossa política é ‘dose para cavalo’, e quem não tem o rabo preso, ficou bicó ao pular a cerca de arame. E assim, a história volta a se confrontar. Um congresso religiosamente corrupto -  a pregar o bem e a

Uma reação a cachaça dos nossos bêbados dias

Por Gilvaldo Quinzeiro Que amanhã, se amanhã for, não me cuspam na cara os bêbados desta ‘farra’ de agora,  em que pese o meu desequilíbrio nesta corda bamba!  Não é do doce da cana que ora se finca que eu tenho sede; nem dos engenhos do  porvir , hoje a se espalhar por fértil solo, eu estou a temer: o que me tritura de verdade é não poder aproveitar com versos e canções os últimos raios de sol desse dia já findo! A monotonia do canto da cigarra pode ser o substituto do cantar dos grilos, nesta densa moita de incerteza, mas resistirei a tudo isso, eu prometo, a ouvir ainda que distante, o galo a romper as trevas! O milho lançado as galinhas atraiu as raposas; como os cães reagirão caro ao seu despertar, hei de ensinar os gatos a latir! O que vier será substância da minha alquimia: nada a temer dentro de mim!

Diálogo com os ‘sapos’ sobre o belo

Por Gilvaldo Quinzeiro Ouvir de mim que sou belo, não responde as minhas dúvidas. Aprender sobre os sapos que nunca cometeram suicídio por serem chamados de feios: é aprender mais sobre o sentido da vida! Às vezes temos que pensar e andar de cócoras! Nestes tempos de beleza seriamente duvidosa, ouvir as justificativas do sapo que nunca morreu por sentir-se feio – é uma oportuna lição, sobretudo aos jovens que não sabem ser, senão sentir-se escorregadios aos olhos exigentes do outro! O ‘sapo’ da nossa natureza interior é deveras mais pantanoso! Às vezes somos o ‘pato’ que ao mergulhar para pescar, traz dentro de si o peixe: é que fomos também a ‘isca’ da qual não nos desvencilhamos! Só Deus sabe que no caminho até ele, podemos ser também o ‘diabo’. Haja misericórdia! Mas, voltando ao sapo e as suas lições sobre o belo. Uma coisa é certa sobre esta aprendizagem: o duradouro, como o próprio sapo, é belo por natureza – o eternamente passageiro é nosso olhar!

Para a nossa crise, a solução poderá vir dos insetos!

Por Gilvaldo Quinzeiro Que inveja dos insetos: para estes, o mundo nunca está em crise! E mesmo que estivesse, eles, os insetos saberão se refazer! Um exemplo de sucesso é, por exemplo, o do aedes aegypti! Diante do exposto podemos dizer o seguinte: se os homens sucederam os dinossauros, quando estes não conseguiram se ‘agigantar’ face as tormentas de ordem cataclísmicas, os insetos serão os mais fortes candidatos a substituir os homens no instante em que estes, os homens, se apequenam e não são capazes de se refazer diante da crise global em curso. Eu já disse, e agora repito: estamos diante de uma ‘seca’ de homens! Uma crise, qualquer que seja, não se resolve com ódio. Pelo contrário, a solução que virá com base neste, é ‘cega’ por nascimento! O ódio, psicanaliticamente falando, é como dormir em rede puída: o sono é curto e as noites compridas! Mas o pior, é sempre o porvir: o rasgo na alma do sujeito! Neste momento o Brasil, diante da crise, é tomado m

O ‘endinheiramento’ e as veias abertas ao inferno!

Por Gilvaldo Quinzeiro Em uma das mais belas composições de Caetano Veloso, sampa, ele canta: “Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas Da força da grana que ergue e destrói coisas belas”(...). O trecho desta música é o ponto de partida para a inspiração do texto abaixo. Eu também me sirvo da fala   de Tarso Genro, em uma entrevista concedida a um canal de televisão. Pois bem, prosperidade é uma palavra ‘religiosamente’ usada com bastante fervor pelo conjunto da sociedade. Isso tem levado, salvo as devidas proporções, ao ‘diabo’ do endinheiramento! Na política e também na religião, o ‘diabo’ do dinheiro é cada vez decisivo e sagrado. Em ambos os casos, castelos e catedrais são construídos como resultado desse apego. Em outras palavras, o endeusamento do dinheiro tem sido a mola propulsora para tudo, incluindo para a existência da alma(?). É aqui que o inferno se tem fincado bem dentro de cada um de nós. Como disse Tarso Genro em uma entrevista: “o di

A ‘rasgadura’ existencial: que obra é esta?

Por Gilvaldo Quinzeiro O homem é o papel e a tinta. Às vezes é também a folha em branco.  Porém a sua condição mais intrigante é a de   a ‘rasgadura’ da obra! O grande Leonardo da Vinci, depois de passar 4 anos na pintura de “Mona Lisa”, nunca a entregou a quem lhe encomendara por acha-la completamente imperfeita – que ‘rasgadura’ se deu aqui? Onde está o que se admirar nesta enigmática obra? O grande Freud fez um gigantesco esforço interpretativo para desvendar não só o sorriso leonardiano para além do sorriso de “Mona Lisa”, mas a própria alma do gênio renascentista – para isso se utilizou entre outras coisas, do sonho infantil de Leonardo da Vinci com um abutre – mais outra ‘rasgadura’, desta feita, na coisa Outra, a freudiana! Vivemos hoje, no Brasil e no mundo uma ‘rasgadura’ que não é só estética ou filosófica, mas existencial. Dizer da ‘rasgadura existencial’, não é se lembrar de que poderemos morrer de fome! Claro que isso poderá nos acontecer. Especial

O mergulho no ‘barro’ da existência

Por Gilvaldo Quinzeiro Diante da morte iminente (quem viver verá), viver só nos fará sentido de fato se for para nos refazer todos os dias do ‘barro’, do qual, somos feitos. A vida nos é dado apenas para isso: para nos recriar conforme as condições! Ainda bem que somos feitos de ‘barro’, já pensou se fôssemos feitos de pedras: nos faltaria ‘massa’ e fôlego para o ato da recriação! Dito em outras palavras, eu vivo para me refazer todos os dias. Portanto, a vida ainda que curta, me exige todos os dias, que eu seja para mim mesmo: engenho e engenheiro! É nisso que tudo me faz sentido! A dança, a pintura, a música, a escultura, a literatura, não são outra coisa, senão, o sopro no ato da recriação! Viver não está na busca desesperada de qualquer coisa que seja, posto que, consiste no mistério no qual já estamos mergulhados. Cabe a nós, portanto, mergulhar fundo!

O Mundo Literário pela paz: faltam apenas 20 dias!

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Daqui apenas 20 dias, isto é, no dia 24 de abril, estará acontecendo pelas redes sociais, um encontro de caráter multicultural, multilíngue pacifista, apartidário, ecológico, virtual e literário em prol da paz mundial e da preservação do planeta Terra, como programação alusiva ao Dia da Terra (22 de abril). Este encontro foi denominado “O Mundo Literário Contemporâneo – A Literatura e Todas As Artes em Defesa da Paz e da Preservação do Planeta Terra”, e visa também aproximar os escritores, poetas, artistas e pessoas das diferentes línguas e culturas, para produzir e compartilhar textos literários, imagens, ideias, livros, e-mails, blogs e revistas entre si. O evento que foi concebido pelo professor Gilvaldo Quinzeiro, e que tem como organizadores, Alina Velasco-Ramos (México), Daniel Dragomirescu (Romênia), Antônio Arroyo Silva (Ilhas Canárias –Espanha) e Chokri Omri (Tunísia). Um dos pontos culminantes desse encontro, será a publicação de um manifesto pela paz, manife

Um diálogo com os ventos montanhosos

Por Gilvaldo Quinzeiro Nobre xamã, o meu ‘cavalo’ empancou-se dentro de mim – seguir em frente só andando sobre as águas. E agora? Quando os tempos não são apenas de chuvas no roçado, mas de pedras caindo e tijolos arremessados por todos lados, aí sim, podemos dizer sem dúvida que felizes eram aqueles tempos onde os problemas restringiam-se só   a seca ou só a as enxurradas, que castigavam a plantação! Que diabos estão chovendo? Meu nobre xamã, quão estranhos são os tempos de hoje:  uma caçada a um único mosquito expõe a nossa bunda sentada o tempo todo sobre tamanha complexidade! A civilização inventará novos deuses? Vejo uma ameaça maior do que a picada de todos os mosquitos juntos: a febril histeria coletiva vinda em curso! Sim, meu nobre xamã, não haverá lençóis para o frio; nem algodão para as feridas e nem chás para este tipo de febre! As autoridades que subestimaram um mosquito, não compreenderão a partida de uma população em pânico!

O amor e o ódio: em nome de quem estamos morrendo?

Por Gilvaldo Quinzeiro Na tarde de ontem, eu me pus a falar e a refletir bastante   sobre uma das mais ricas temáticas: amor e ódio. Neste texto, eu exponha e compartilho um pouco desse falar e desta reflexão. Ei-la. Não amar de jeito algum para alimentar-se da certeza de que este é o único meio pelo qual se obterá o controle sobre o outro e a si mesmo, poupando-se de se ver na condição de bicho frágil – esta tem sido a escolha de muitas pessoas nos vorazes dias de hoje.  Porém, esta escolha levará a uma das mais penosas consequências: a escravidão do ódio como sentimento substituto! O ódio é um sentimento espalhafatoso talvez por isso seja tão atraente. Imagine o seguinte caso: uma moça que com unhas e dentes se agarra a perfeita imagem que fez de si, como a ‘princesa’ ou a ‘namoradinha’ do papai - imagem, esta, sem a qual não conseguiria viver, de modo que, vive fugindo das ameaças reais ou imaginárias no sentido de evitar o ‘desmanche’ desta tal construção ima

“Qué hemos hecho mal”?

Por Gilvaldo Quinzeiro A pergunta que dá o título a este texto me foi feito hoje por minha amiga mexicana, poeta e pesquisadora, Irma Rodríguez.  A ela eu dedico este texto. O que fizemos de errado, minha cara Irma Rodríguez? Eis a questão! Paradoxalmente, se por um lado vivemos uma enchente de crises:  moral, ética, política, ecológica e econômica; por outro lado, estamos diante daquilo que eu tenho chamado de a “seca” de homens. Ou seja, estamos diante de uma crise de pensamentos! Em outras palavras, estamos diante de uma grave crise de paradigmas, uma espécie de ‘beco sem saída”. “Qué hemos hecho mal”? A resposta em português – custo e rude – temos sidos o ‘cupim’ destruidor da terra! Que a terra se tornará cada vez mais estéril, disso ninguém tem dúvida. A questão é quando o homem vier se dar conta que o ‘cupim’ destruidor é ele próprio – quem chorará na mais absoluta solidão? Cara Irma Rodríguez, diante do exposto, eu não tenho dúvida: só o amor sa

A merda da nossa intolerância: os limites do processo civilizatório!

Por Gilvaldo Quinzeiro Este texto é uma crítica ao quadro atual civilizatório, tomando como base a nossa realidade brasileira, em especial no que diz respeito ao recrudescimento da intolerância que nos atinge e nos abate. A dor que não a de parir e nem a que enverga a palavra ao nível das alpercatas, não é outra dor, senão a que faz o homem desmerecer a cabeça: esta é a nossa dor do momento – o sentir-se oco por dentro e por fora! Em outras palavras, o desassossego pela perda de referência. O dito acima é para chamar atenção para a seguinte questão: o afrouxamento dos nós civilizatórios. Isto é, chegamos ao ‘limite’ da ponte. O outro lado pode ser o abismo! Há fatos praticados em nome da ‘sã consciência’ que apenas expõem o quanto já não mais exercermos o controle sob os esfíncteres – tal é a gravidade da situação! Quando, por exemplo, um médico se recusa atender a um paciente sob a justificativa ideológica, tal como um fato ocorrido recentemente no Rio Gra