Epístola a Leonardo da Vinci
Por Gilvaldo Quinzeiro A cruz. Se não a fosse à de Judas, poderia ser a minha, a sua ou a de outrem. A humanidade segue a mesma: é somente com muito sangue que se lava e devora as próprias mãos! Não é que a história se repete, a questão é o que os homens continuam os mesmos: adoram oferecer a cabeça de outro como presente em ceia farta de hipocrisia! Santo Leonardo da Vinci rogai por nós sem pintores à tua imagem e semelhança! Bem-aventurados os que nunca herdarão a terra, mas amam o outro sem enfrentar a fila dos que vão para o céu! Quem nos dias de hoje escolheria a sina de Júlio Cesar ante um Senado ameaçado pela sua sombra? Que nos abundem os dias sem que precisemos da bunda no lugar de nossas cabeças! Amém!