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Mostrando postagens de maio, 2014

O sol, a peneira e a Copa no Brasil: por um milagre de Francisco?

Por Gilvaldo Quinzeiro Diz o ditado popular   que não se pode “tapar o sol com a peneira”. De fato, é impossível. No Brasil, porém, esta máxima vem sendo colocado à prova desde muito tempo. Por exemplo, somente em 1996, com a visita do pop star Michael Jackson ao Brasil, quando gravou cenas do seu clip "They don"t care about us " no Morro Dona Marta, é que nos demos conta que, enfim, o Rio de Janeiro era cercado por favelas. 64 anos depois do Brasil ter sediado a sua primeira   Copa do Mundo, em 1950, e agora   com o advento da Copa do Mundo 2014, na qual estão sendo gastos em torno de 25,6 bilhões de reais, a ainda assim, a menos de um mês do jogo de estreia, alguns estádios (pasmem!) não ficaram prontos -, é que acordamos que não temos educação, saúde e segurança! Então meus amigos, este tempo todo   estávamos cegos ou “tapando o sol com a peneira”? Será que nos é preciso transferir   a sede do   Vaticano   para o Brasil, para que enfim, nos demos c

Tempo de amores voláteis, e tantas tatuagens fixas

Por Gilvaldo Quinzeiro Qual o tempo de uma “bolha de sabão”?   Ora, como responder esta questão se o tempo pra se pensar a   resposta   estourou!   Eis o tempo no qual somos algemados a pressa. Por isso tanta prece para encontrar o tempo perdido! Ah! Como os amores vivem   seu tempo de “bolha”! Ah! Como uma bolha dura mais que os amores! Ora, como enfim se ter memória, neste tempo tão volátil?   Eis por que vivemos   no tempo de   abundância de tantas tatuagens grudadas   em tantas bundas!   Mas o amor mesmo, este é tão passageiro, quanto o que com a com a bunda não se pode colar! Então amor,   de onde vem este vento a revelar   as verdades que este tempo não consegue mais esconder? Acabou o tempo. Ufa!

Para não dizer que não falei da importância da fala

Por Gilvaldo Quinzeiro A alma de um povo, se assim posso falar, não está necessariamente na sua escrita, ainda que sem a esta, quase nada se pode compreender sobre um povo. Digo isso porque ao longo da história humana, nem todos os povos possuíram a escrita,   porém,   indiscutivelmente   não há povo que não tenha possuído   a sua narrativa oral.   Entretanto, dizer que um povo possui suas narrativas orais, não significa restringir tais narrativas, as suas lendas ou aos   mitos,   como muitos possam pensar.   Mas é dizer também do seu conhecimento astronômico; medicinais;   laborais e filosóficos. Portanto, as narrativas orais são tão importantes, quanto à escrita. Com uma diferença: quem conhece apenas a escrita de um povo, não poderá afirmar que conhece a sua alma. Ora, o que seria da literatura   sem a sonoridade das palavras ditas, no mesmo instante em que também se sente o cheiro das coisas sobre as quais se fala?   O que seria, por exemplo, da escrita de um

O ovo e a política: tudo como nos tempos dos dinossauros!

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Por Gilvaldo Quinzeiro Para o povo a política é uma espécie de “ovo goro”, isto é, tudo estragado; nada se aproveita. Mas de onde será que nascem tantos “galos”, todos brigando pelo mesmo terreiro? Mas voltando ao “ovo goro”. Estes dias,   em Caxias, tantos urubus posando de pombas da paz. Alguns com o bico ainda sujo de beliscar a carne do povo maranhense. Outros, suando frio para amarrar seus bois na estaca. De fato, a política nossa de cada dia tem sido assim: quanto mais urubus, carniça! E o povo, “a galinha dos ovos de ouro”. Talvez por isso, este   nunca   tenha   sido tanto depenado, como nos dias de hoje! As eleições, em ano de Copa do Mundo parecem   coincidir também com o tão temido “alinhamento cósmico” , e o gigante ,   antes adormecido agora se contorce por sobre ovos. Alguns dos “antigos dinossauros”?     Oxente!   Que diabo está vindo por ai?

Pontos sem nó. Tudo enfim é frouxidão e merda!

Por Gilvaldo Quinzeiro Não mais controlamos os esfíncteres. Tudo de repente se rasgou em nós.   Uma simples “buzinada” no trânsito pode ser o motivo para a exposição de   todas   às vísceras. Tudo ficou assim, de repente, “nem lá dentro, nem lá fora”,   tal como diria um velho ditado popular.   O lugar da cama são os olhos do mundo. O mundo todo, um “vaso sanitário”! Porém, é no meio   desta frouxidão que os laços afetivos   dão o nó em ponta de faca, isto é, nunca no   amor ficaram evidentes     as suas próprias correntes, como agora neste tempo onde   os   tecidos estão “puídos”!   Quantos crimes em nome do amor? Quanto amor por nada! Tudo virou um “ reality   show” . Das meninas que expelem seus hormônios em brigas que não valem apenas perder um fio de cabelo sequer, mas que ganham a dimensão cinematográfica; a casais que vão fazer queixas do mau hálito do outro numa emissora de televisão. Afinal o que os nossos olhos querem ver? Por quem estão grávidos os nosso

Na dúvida. preserve os dedos!

Por Gilvaldo Quinzeiro A rigor, nós não somos nada, além da imagem que pensamos ser. Somos espraiados   como nuvens, a despeito da nossa pretensão de concretude. Um mero sopro no barro molhado -   uma semente lançada em solo onde a fertilidade é a dúvida. Descarte, já nos dizia, “penso, logo, existo”. Mas isso é tudo? Só a velhice para nos dizer, o quanto custa um sopro de vida!   É aqui também (na velhice) que ser de barro faz toda a diferença, pois, se pedras fôssemos, haveria tempo demais para se pensar sobre a dureza de todas as coisas! Pensar é como mexer um dedo apenas, quando a guilhotina faz lançar a cabeça para o outro lado. Por isso, preservar os dedos com suas cabeças é pensar, antes de tudo. Alguma dúvida?

Por um lugar dentro de mim!

Por Gilvaldo Quinzeiro Não precisa de pressa. De prece, às vezes. Mas   o melhor lugar para eu   chegar cedo, é dentro de mim. Que outro lugar eu deveria estar, a despeito de tantos outros que nunca alcançarei? Eu me habito. Sou a terra firme nas minhas tempestades! Ora, de fato esta   é a maior de todas as minhas   descobertas: eu dentro de mim!

O gozo de ver o outro em carne viva: flores para o nosso sadismo!

Por Gilvaldo Quinzeiro Estamos em “carne viva”. Já não podemos falar em alma, senão naquela que nos assombra. E aquela que nos assombra – é a alma que já perdemos!   Ora, a condição de “carne viva” nos arrasta a procura do próprio corpo. É aqui, no entanto, que o Corpo do Outro é sentido como sendo os nossos estilhaços. Como, enfim,   não ter desejos perfurantes?   Como se dá conta do “consigo mesmo”, senão na dor?   Na dor que se planta no Outro, pois, em nós nada   há mais para   nascer!... A violência   com que corpos tantos   estão sendo esquartejados, alguns por mãos que antes os acariciavam, é simplesmente assustador! E o pior, se é que pode existir algo pior do que o esquartejamento de um corpo   - é “a fome de compartilhamento” de tais imagens. Quem já não se sente obeso em ver tantas imagens? A raiz antropológica desta violência que nos esfola é antiga. Nasceu junto com a mesma árvore da qual, os humanos constituem seus galhos. Porém, “a carne viva

Nietzsche, o nosso chá filosófico

Por Gilvaldo Quinzeiro A solidão e a xícara. Cada um adiciona o Nietzsche que tem. Quanto mais doce, mais amargo por fora. Quanto mais amargo por dentro, mais espraiado. O sabor para vida é o mesmo -   é com   que se mede a existência! Da solidão ninguém se livra, uma vez que, ela é pra nós como lado de dentro da xícara. Do lado, de fora, porém, se encontram as nossas asas – o pensar   – ninho dos nossos sonhos! Quanto a Nietzsche , este se afogou   na própria xícara cujo conteúdo é nosso   chá vespertino .   O que nos resta agora? – ser amigo da filosofia! Que paixão!

Copa do Mundo. A bola de fogo do Brasil?

Por Gilvaldo Quinzeiro Há exato um mês do inicio da Copa do Mundo, “o jeitinho brasileiro” de querer driblar tudo sem bola,     revela enfim ao mundo,   a nossa pior jogada. Depois de 7 anos de preparação para o mundial, o Brasil cumpre apenas 41% das metas previstas. E o pior pode ainda estar porvir! A revista alemã Der Spiegel   numa reportagem de 10 páginas, sobre a Copa do Mundo no Brasil, destaca entre outras coisas o seguinte: "justamente no país do futebol, a Copa do Mundo pode virar um fiasco: protestos, greves e tiroteios em vez de festa". Na sua foto de capa, a revista traz a bola de futebol oficial em chamas, como se fosse um meteoro, atingindo a cidade do Rio de Janeiro. Coincidência ou não, esta semana, a Embaixada do Brasil na Alemanha foi atacada, e teve seus vidros quebrados por encapuzados. Um grupo que assumiu a autoria dos ataques justificou em comunicado que o   ato   se deu devido à realização da Copa no Brasil.   Se os Maias estiver

Educação X futebol: qual a sua torcida organizada?

Por Gilvaldo Quinzeiro Uma Pedagogia para o Fim do Mundo. “O fim do mundo do Brasil”. E a primeira lição é não matar, a despeito do outro que   já nos serve frito no jantar! Na sala de aula, e não somente aqui, mas em tudo que nos faz “retornar às cavernas”, está sendo travada a maior de todas as batalhas finais – aquela em que temos que expurgar o morcego   que   já em nós habita. Não é só a “escola que cai”, como nas repercutidas reportagens no município de Codó, e alhures, o que de fato rui é o compromisso da sociedade atual para consigo mesmo. Por enquanto, estamos todos “confortáveis” vendo a nossa vizinha sendo linchada na tela plasma de uma Tv!... E quando for a vez da   nossa carne assada? A humanidade tem aprendido lentamente, e na   porrada. Algumas lições nos vieram só depois de   termos perdidos   a mão   no fogo. Nos tempos atuais, o que temos a perder para aprender as “novas lições”? A educação é o setor mais anêmico da sociedade brasileira, em especial,

Mãe é...para além de todas as palavras!

Por Gilvaldo Quinzeiro A metáfora é a mãe de todas as coisas. De todas as coisas que se levadas à boca, fariam da nossa língua, seios.   Por isso somos todos filhos. Alguns mais. Outros menos. Mas de verdade, de verdade, Mãe não é palavra.   É gesto. Não se trata, pois,   de parir apenas, mas nutrir, proteger e recriar com e pela palavra, se possível; sobretudo,   com exemplo. Ora, seus filhos da Mãe, como parir palavra? E, muito menos, Mãe! Nem com todos os presentes!... Mãe é atemporal.   Todos os dias e todos os tempos, Mãe é Mãe. Mesmo em época em que não se dava presente algum. Minha Mãe, contudo, não é aquela do rosto estampado no outdoor. Mas aquela por quem sou parido! Sim. Sou um filho da mãe! Da minha somente! Feliz Dia das mães, minha Mãe! E para a sua também, filho da mãe! Bom Dia,   das mães, mesmo sem palavra!

O contexto e o discurso: quem falará pelo Maranhão?

Por Gilvaldo Quinzeiro Na palavra há que não se sustenta. O contexto e o discurso, portanto, podem seguir destinos diferentes. Ora, se cada contexto é uma “bolha”, o discurso que se agiganta sobre ele, é apenas o ato do seu estouro.   O dito abocanha todas as pretensões, inclusive a de ser verdade. Neste período de campanha   eleitoral, qual o destino dos discursos, a despeito do contexto já estourado? As labaredas dos protestos   de rua dispensam quaisquer palavras: tudo é ao mesmo tempo “gravidez e parto”. Ora, “gravidez e parto” constituindo a natureza do mesmo ato, trata-se, pois de um contexto Outro – aquele em que os oportunistas de plantão se apressam para fazerem o parto. É aqui que nasce o perigo! A propósito, começam a ser divulgado nas redes sociais, sobretudo no que tange a disputa eleitoral no Maranhão,   “o trabalho de parto” , a saber, o anuncio de que um candidato, desafiou o seu oponente na disputa ao governo do estado, a um debate. Ora, deste pa

E assim são os nossos buracos: esta é a realidade!

Por Gilvaldo Quinzeiro O que é ter um caminho, a despeito de permanecer o tempo todo   sentado numa vaga ideia de seguir por atalhos? Ter um caminho será cada vez mais     raro, quanto   água para se beber, não obstante, o nosso estado de afogamento. Ora, no fundo, no fundo não é desta busca que estamos a caminho? Sim, sujeito!... O dito   acima nos obriga a falar do Sujeito. Do Sujeito, enquanto mera intersecção entre “ser ou não ser”.    É deste Sujeito que já nos escapole que vamos usá-lo como “isca” para pescar outras realidades. Realidades estas   que neste mundo onde reina a “crise da palavra”,   todo sujeito é esburacado!   Bem, a questão   urgente     relativa ao   Sujeito   é   concernente   ao seu “esburacamento” , condição esta pela qual toda palavra dita se esvai.   Palavra?! O que é afinal a palavra, quando o sujeito que fala ignora que está sendo ouvido, e o suposto ouvinte não sabe quem   lhe dirige? Ora, o corpo fala. Já sabemos disso. A quest

Em nome de quem, pai santo, pregamos o Outro em nosso lugar?

Por Gilvaldo Quinzeiro O mundo acabou. Isso não é uma previsão. É real. Dane-se quem esperar por outro fim! O que temos que fazer é recomeçar... Mas recomeçar juntando os escombros ou “caçando as bruxas”? Em nome de quem, pai santo, estamos fazendo as nossas preces? O escrito   acima   é uma breve introdução para uma reflexão sobre algumas cenas do nosso tempo (simples cenas ou sinais que nos cegam?).   A cena que nos servirá de ponto de partida é uma que me fez lembrar os tempos medievais, quando em nome da “justiça divina”, alguns homens se transformavam em “besta” em suas “caças às bruxas”. Claro que tudo isso acontecia dentro dos mais nobres propósitos, que era o de livrar o mundo daqueles que eram responsáveis pelos   “castigos de Deus”. Pois bem, o caso de que trata este texto aconteceu em Guarujá, São Paulo, onde depois de um suposto retrato falado   de uma sequestradora de criança que também era acusada de ritual de magia negra, divulgada numa página do Faceboo

Violência das torcidas: com vaso sanitário é merda e morte!

Por Gilvaldo Quinzeiro A violência nos estádios brasileiros joga pesado. Em um lance de “merda na cabeça”, o que, aliás, está ficando cada vez mais   comum, um torcedor mata outro lhe arremessando um vaso sanitário.   Esta jogada que mancha de sangue o futebol brasileiro à véspera do Brasil sediar uma Copa do Mundo, ocorreu no Estádio do Arruda, em Recife, no dia 02, na partida entre Santa Cruz X Paraná. A vítima foi Paulo Ricardo Silva, 26 anos. Quanto os agressores – “entraram pelo ralo”! Pois é no “país do futebol” a violência não só tem sua torcida, organizada, diga-se de passagem,   como esvazia os verdadeiros apreciadores do esporte, dos estádios. A questão agora é: como um vaso sanitário foi parar na mão de um torcedor?   E que “lance” é capaz de levar alguém atirar um vaso   sanitário contra outra pessoa? Haverá punição?   Haverá aprendizagem deste episódio? Em outro jogo em Natal, na inauguração do Estádio Arena das Dunas, 39 torcedores foram presos acusad

Portinari por nós: paz!

Por Gilvaldo Quinzeiro O famoso painel   do pintor brasileiro Cândido Portinari, “Guerra e Paz”, um presente do governo brasileiro a Organização das Nações Unidas, hoje em reforma, viaja ao mundo, e acaba de chegar agora em Paris. Antes   o painel esteve exposto a visitação pública   em algumas cidades brasileira, como Rio de Janeiro e Belo Horizonte.   É Portinari por nós neste tempo em que    a paz parece se cercar de gigantescos defensores da guerra! Precisamos, pois,   de pés e mãos expansivas, tal como aquelas representadas nas obras de Portinari para semear a paz. O mundo que precisa de guerras para se tornar gigante, não sabe o quanto as coisas pequeninas, como um átomo, são que sustentam a engenharia do cosmo. Hoje eu acordei disposto a sorrir para meus próprios átomos – aqueles que me erguem na minha condição de alma. Um sorriso atômico? – Sim, isso é possível do ponto de vista da física quântica. É aqui onde o sorriso é a “linguagem universal”... E,   eu um

A felicidade quando pinta é o quê?

Por Gilvaldo Quinzeiro A felicidade não se junta como rugas numa mesma face. Talvez, aquela seja tão quebradiça, quanto o espelho. E assim, nestas condições, ser feliz é,   a despeito das outras faces   bonitas, conseguir sorrir para a sua enquanto ainda inteira. Ora, quantas coisas que só aprendemos com a velhice, inclusive a respeito de que o sofrimento pode ser mais duradouro! Ah! Como são felizes as serpentes que trocam de pele, e ainda assim,   nunca se viram num espelho! A felicidade quando pinta: é Picasso! Suas mulheres, coitadas, cubismo!