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Mostrando postagens de junho, 2013

O homem e seus sentidos, uma breve reflexão sobre quando o cheiro das rosas é o nosso!

Por Gilvaldo Quinzeiro O homem não se acaba porque morre, antes fosse assim, mas de fato o homem só   se acaba porque   não   “viveu” antes de morrer. Isso sim é uma “facada” – passar pela vida sabendo que marcha rumo à morte, e ainda assim, não viver momento algum da própria vida! O que então a vida? O que é então a morte? Nada além do sentido que acrescentamos a ambos. Em outras palavras, qual o sentido da realidade para o homem, se nesta mesma realidade o homem não lhe desse o sentido? Contudo, isso não significa dizer, que o sentido que   o homem acrescenta a realidade, seja de fato “a realidade”. Pois bem, isso tudo é assombroso: o homem que não passa de mais um “peixe” fisgado   pela   correnteza da realidade, acreditar que     está no lugar onde possa dá “sentido” a mesma realidade para a qual o homem não tem sentido algum. Ora, o homem é apenas um péssimo pescador, que se deixa ser fisgado pela própria isca. E sua grande pescaria corresponde apen

Final de primeiro tempo: Manifestantes 1 X 0 Corrupção

Por Gilvaldo Quinzeiro Final de primeiro tempo. Nunca se viu uma defesa tão fechada, quanto a da seleção da   corrupção; muita catimba; muito jogo duro, mas enfim, o ataque dos manifestantes, depois de estudar bem o adversário, saiu driblando desde a sua defesa, e do meio da rua -   um chute indefensável, o Congresso Nacional acaba de tornar a corrupção crime hediondo: um gol histórico para o time dos manifestantes! Parabéns! Resta saber agora, se no intervalo do jogo,   a seleção da corrupção continuará usando a mesma tática de sempre: forte defesa e gol sempre impedido. Ou quem sabe trocar de   camisas. Tudo pode acontecer. É esperar para ver o jogo no segundo tempo. Quanto à seleção dos manifestantes, certamente a tática deverá ser a mesma. Talvez algumas correções no meio de campo, e no mais é só   continuar no contra-ataque, pois, a defesa da seleção   da corrupção está meio perdida, atirando bola pra todos os lados. Enfim, estamos ganhando torcida brasi

Os espelhos não mais refletem os homens ou os homens não mais se veem nos espelhos: eis o paradoxo das faces que se enrugaram!

Por Gilvaldo Quinzeiro O que ora ocorre no Brasil é da ordem do que também   vem ocorrendo em todas as partes   do Mundo. Ou seja, as novas faces não mais se reconhecem nos “velhos espelhos” que as refletem. Isso também significa dizer que, aquilo que hoje mais assombra os homens, é exatamente o que antes para os espelhos era apenas   seu sorriso!   Ora, dizer o que o mundo acabou pode até não ser mais novidade alguma, porém, afirmar que o homem já não almoça e nem janta como homem, isso sim, é assombroso! Contudo, antropologicamente falando, isso soa como uma grande eloquência. Em outras palavras, vivemos uma “crise de representação”. É o que sabiamente nos revela o Presidente do Supremo   do Tribunal Federal, Joaquim Barbosa. Todavia, se isso restringisse apenas ao âmbito jurídico ou legislativo, seria mais   simples. Pois bem, a natureza humana é, graças a Deus, animalesca, por isso mesmo, não há   lei alguma que a represente. A questão, contudo,   se torn

Um conto para os chapeuzinhos verdes: quando o lobo não nasce lobo, eis a questão!

Por Gilvaldo Quinzeiro Em um Brasil velho de corrupção e de corruptos, a juventude acorda hoje para uma das batalhas mais decisivas em relação ao seu   próprio futuro: ou se vence a corrupção e os corruptos, isso significa lutar não contra Deus, mas certamente, contra   um Brasil   inteiro que se   ergueu, e   criou filhos, netos,   bisnetos e seus afilhados políticos,   seja em nome da política café-com-leite, como na velha republica, seja na farra das licitações fraudulentas e das obras mal acabadas como nos dias de hoje. Portanto, há um longo caminho a ser percorrido pela juventude, onde se é preciso com muita inteligência   se esquivar das arapucas e das raposas à espreitas. E nesta caminhada, entretanto, saber distinguir o que é lobo e cordeiro é apenas uma das muitas lições. Contudo, o mais difícil, a meu ver, é saber que, politicamente falando, o lobo, não nasce lobo, mas é uma criatura que um dia nasceu cordeiro, e, dado as circunstâncias, permanecer cord

A serpente que nos olha, pode não ser a que pica, mas a que somos

Por Gilvaldo Quinzeiro Se de alguma forma não somos o que vemos, mas certamente o que somos, vemos. Ora, isso é assombroso demais! Isso explica, porque nem todos fogem da mesma cobra que pica, contudo, o fugir da cobra é algo que só pode ser inerente à cobra em si, logo, é por este prisma que tudo para a cobra é da ordem do que chocalha. Dito de outra forma, a serpente que nos olha, pode não ser a que pica, mas a que somos. Sendo assim, o nosso veneno consiste naquilo que somos difusos, e o nosso olhar de agora, conforme a pele que vestimos. Uma criança não encontraria nenhum prazer em empinar a pipa numa manhã de sol quente, senão por se sentir também sem os pés no chão. Ora, o ato de ver nos cria; o de ouvir nos move e o de apalpar nos põe de pé, tal como o mundo em nossa volta. Portanto, como vemos o mundo é da ordem de como damos o bote. E às vezes é neste bote que nos tornamos a nossa própria presa. Estranho, não? Isso explicaria   Freud por fora

O tempo e as suas alavancas, as mãos e seus calos: Mãos à obra Brasil!

Por Gilvaldo Quinzeiro Arquimedes (287AC-212AC), no seu tempo em que as mãos eram as ferramentas mais utilizadas, ainda assim, acreditava mover o mundo, desde que lhe desse uma alavanca. E como dizia o nosso saudoso poeta Cazuza: “o tempo não para”. Hoje, neste novo tempo, o povo nas ruas é a mais importante de todas as alavancas rumo à conquista da cidadania. O Brasil há muito tempo se petrificou, e, nada mais oportuno do que a juventude a   construir seus jardins. Mas isso não significa dizer, entretanto, que não haverá espinho. Os espinhos são inevitáveis, contudo, o bom jardineiro tem que aprender a lidar com estes desde muito cedo. As alavancas sejam quais forem, haja vista que,   em cada tempo têm as suas, hão de deixar sim, calos nas mãos. Todavia, historicamente falando, estes não são problemas algum, pelo contrário, são as marcas inevitáveis de quem estar na labuta. Portanto, mãos à obra! Há muitas coisas a serem conquistadas!   Que estas alava

O nada: é tudo? Um convite à introdução a filosofia do esburacamento!

Por Gilvaldo Quinzeiro O mundo não é o que   é, e nem teria como ser, logo, também não é como se pensa que seja, e,   muito menos como gostaríamos   que fosse. O mundo é, pois, da ordem do “esburacado” – cair dentro é se agarrar aos   próprios pensamentos – mas isso não significa, no entanto, pensar o mundo por inteiro. Ora, sobre o exposto acima não precisa   nada entender, pois, o que ocorre é   que já estamos nos despencando de buraco a adentro! Em outras palavras, o pensar é o maior de todos os buracos humanos. De sorte que o próprio homem, assim como pensa ser, é da ordem daquilo no qual este simplesmente se engancha. Se repararmos bem, estamos todos por um “trisco” do espatifamento, logo se conclui que, por isso mesmo, pensar é um ato que nos exige muita   coragem; é como também se olhar no espelho! Contudo, a     vida não nos fez de asas: ainda bem, pois, se assim fôssemos, certamente não teríamos qualquer ideia, do quão somos todos porosos!   E o pens

Por um fio, as velhas árvores: uma breve reflexão por um viés psicanalitico sobre o agora que se sucede

Por Gilvaldo Quinzeiro AS FACES Um movimento de   dezenas, centenas e milhares de faces, mas sem nenhuma “cabeça” ou, melhor dizendo,   esta tem   quem assume a sua bandeira.   Bandeiras tantas, algumas até questionáveis; outras velhas e legitimas, mas também defendidas pelos   nossos pais. Um movimento feito por jovens como tantos outros movimentos que já ocorreram ao longo da nossa história. Mas, o que afinal estes jovens têm de diferentes em relação aos outros que em outras épocas também apanharam, foram presos e até assassinados na luta pelos seus direitos? A GERAÇÃO FACE Muito destes   jovens há poucas semanas estavam colados nos seus computadores; trancados em suas casas ou com os ouvidos pregados em seus fones na condição de meros consumidores. O mundo o que era? – o virtual. E seus olhos só estavam voltados para os limites do seu entorno. De repente: buum!! E   estes jovens   veem e ganham à rua pela primeira vez! O que é isso? O que é aqui? Por que isso? Por

Como o Brasil amanheceu hoje?

Por Gilvaldo Quinzeiro Depois de mais   uma noite de intensas manifestações, onde as ações de uma minoria, a saber, a violência, a depredação e os saques que   vêm se sobrepondo ao controle da grande maioria, algumas perguntas ao menos têm que ser feitas: quem é esta minoria? O que querem? O que dizem com tais atos?   Por que   não é possível rechaça-los assim   como   se tem feito tão bem com   a não partidarização do movimento? Até quando é “democraticamente” suportável os atos reiterados de uma minoria que, ainda assim, coloca em risco toda uma marcha rumo as mudanças do pais? Eis o desafio    dos organizadores das manifestações que tomam conta do Brasil! Em outras palavras, o Brasil que acordou   é também   o Brasil que arrasta consigo seus pesadelos. Portanto, é urgente uma releitura dos acontecimentos. Do contrario, o seu descontrole poderá significar de novo, um amanhecer   tão “velho”. Então, é preciso se assegurar direito, o que por Direito també

O ovo, o pinto e a realidade: como enfim alertar aos jovens da existência das arapucas e das raposas?

Por Gilvaldo Quinzeiro O ovo : a mais ou menos duas décadas, o Brasil era apenas o ovo - um longo esperar diante, às vezes, de falsas expectativas. Neste interim, é claro, alguns batiam no peito como se fosse o dono do galinheiro. Eis então, que de repente, para surpresa de muitos, o ovo eclode, e com este ato – nasce o pinto! O pinto : desta ninhada nunca se viu algo mais estranho: os jovens, enfim, dão às caras, como se de repente, saíssem “do nada”, e tomam o terreiro e, pasmem, as suas adjacências!... A realidade : é aqui onde   os pintos, alguns já bem “calçudos”, outros a provar o mundo com as primeiras beliscadas   -,   precisam urgentemente   aprender que para além de tudo que se pensa ser,   existem as “arapucas e as raposas”. Em outras palavras, uma só palavra: tudo enfim tem limite! Não se deve, pois, com uma   mão que se ergue a bandeira, e   com a outra rasga-la. Estes   São gestos absolutamente antagônicos! Pois bem, é neste ponto que eu gosta

E agora Brasil: O que fazer depois do despertar?

Por Gilvaldo Quinzeiro O Brasil acordou. Seu sono nos custou caro demais.   Por muito pouco, não deixamos de vez de sonhar... Todavia, ainda estamos nos sentindo sonolento – resquícios   de duas décadas de letargia! Enfim, acordamos? Bem, esta questão precisa de um tempo para ser mensurada. Estamos às vésperas de mais uma eleição, e pelo perfil dos manifestantes que têm se autodenominados “ não partidários”, é preciso, entretanto,   muito atenção no desdobramento político de tais manifestações! Estamos caminhando para uma   “despartidarização”? Eis outro assunto que   precisa de uma profunda reflexão filosófica, sociológica e antropológica. Uma coisa, porém, é certa: O Brasil nunca mais dormirá como antes, sobretudo, a classe política!

As cidades, seus espelhos e o cidadão: uma reflexão sobre seu descompasso

 Por Gilvaldo Quinzeiro A civilidade e o urbano, ambos, as mãos de um mesmo corpo – a cidadania. Ora, as cidades com seus problemas acumulados de tantas épocas e gestões, agora não são mais “espelho”, e o cidadão nelas não mais se ver. Isso leva ao que vou chamar aqui de “a perda do cimento egoico”, isto é, o cidadão, hoje, de posse de toda uma nova visão, não consegue mais se   identificar com a sua cidade que, por sua vez, rui sem os gestos humanos que   a enobreceriam. Portanto, a cidade X cidadão vive uma relação de um “tango desafinado”. A falta de mobilidade; a falta de segurança; a falta de saúde, enfim, entre outros temas tão recorrentes são sintomas de uma doença que, pelo que nos parece, é hereditária, a saber,   a corrupção. Pois bem, nestes dias em que se realizam no Brasil a Copa das Confederações, uma competição que para nós brasileiros serve como “evento teste” para a Copa do Mundo-2014, estamos nos dando conta, isso já era esperado, de que os

As nervuras do tempo. De um tempo onde as coisas estão sempre verdes: como enfim provar do doce se azedo é a sua completude?

Por Gilvaldo Quinzeiro O Brazil parece   se assustar com o Brasil que sai as ruas para   ganhar o mundo; o mundo que   agora chega ao Brasil, na mesma época que em o Brazil quer   muito se parecer com   o mundo; o mesmo mundo que por muito tempo ficava distante   do Brasil.     Complexo, não? Pois bem, o que nos falam as manifestações de ruas que estão acontecendo nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e outras capitais? Quem são e o que querem os seus manifestantes? Estamos diante de “uma primavera brasileira”? Ou apenas estamos diante dos “olhos” dos olhos cujo olhar revela tão somente a nossa cegueira? Ora, tais manifestações a meu ver revelam a “nervura” do nosso tempo, mas não necessariamente a   compreensão da sua completude, posto que,   seu estado é “verde”. Aliás, o não amadurecer tem sido a marca do nosso tempo – o tempo onde   as coisas maduras têm o significado do apodrecer! Vivemos, portanto, tempos tão contraditórios:   o manifestante que reivi

O homem e sua alma: como alcançá-la de bunda no chão?

Por Gilvaldo Quinzeiro Engatinhar em busca da própria alma, eis o significado da longa   caminhada humana. Nesta caminhada, entretanto, diga-se de passagem, que não estamos nem sequer   nos sentando. Então, aquele que chamamos de “adulto”, na sua essência, não passa de uma criança arrastando a bunda no chão. Dito com outras palavras, existir é se afundar nalguma coisa pela qual vamos estar sempre engatinhando. Contudo, se se “apoderar” da própria alma é algo da condição de se ficar de pé, então, se   esta   de fato   existir há de ser por conta própria, posto que, poucos são os conseguem ficar ao menos de joelhos! Ora, a cultura popular resolve esta questão de uma forma definitiva, mas, metafórica: a criança é um “anjo”, logo, se estamos ainda “engatinhando”, ao menos nisso, ganhamos o que, talvez, em outras condições, nunca vamos pôr as mãos! Que caminhada esta nossa, não? Quando, enfim, vamos alcançar a própria alma? Bilú! Bilú!!

As rosas não falam? Que bobagem, as rosas falam sim!

Por Gilvaldo Quinzeiro Hoje quem deveria estar no   divã:   os jardins? As rosas? As palavras? Ou os amores? Do que culpar as rosas, senão por elas não saberem usar todas as palavras! Pobres rosas – quem afinal nunca   ficou mudo quando o momento era só para se dizer em   palavras? Ora, não é   bem aqui que todas as rosas falam? Bem, e,   os amores por onde andam? Quem ainda se dá o trabalho de falar através de carta de amor? Quantas cartas foram banhadas com perfume (adivinhe...), de   rosas, outras de lágrimas, mas enfim... eram cartas de amor! Hoje,   no “Divã das Palavras” eu digo: por mais que nos amemos, eu nunca serei tu, e tu nunca serás eu; não basta pois, apenas amar é preciso também se aprender a suportar o outro! Eis algo que os amantes, sobretudo, os de primeiros jardins, devem aprender cedo: às vezes não é amor que nos salvará das tempestades, dos invernos e das secas,   mesmo regado à flores todos os dias, mas,   uma coisa que com ele também  

Nem ninguém, nem Neymar: o Brasil está perdendo feio para a violência!

Por Gilvaldo Quinzeiro “Bem meus amigos das redes sociais”, que todos nós esperamos uma jogada bonita, um drible, uma matada no peito, antes de fazer o gol, isso é próprio do torcedor brasileiro. Mas até agora quem está dando um show é a bandidagem.   Se não fosse o Brasil ser a sede da Copa das Confederações, a noticia mais quente não seria do esporte, e sim da violência que está verdadeiramente dona de todos os campos. O cidadão comum não dá um passo; seja numa pizzaria; seja num banco; seja numa esquina; seja até mesmo dentro da sua própria casa, que, lá vem o lance verdadeiramente mais temido: o da violência! E como se não bastasse a tática de   queimar os ônibus, como tem ocorrido em algumas cidades brasileiras, os bandidos agora estão ateando fogo é no cidadão que anda com pouco dinheiro -, um chute duro bem na cara de todas as torcidas! Já pensou no que acontece com   quem andar sem “nenhuma banda”? Infelizmente, quem está não defensiva, e mais do que is

As aranhas, a realidade e suas teias: como não falar da seca de homens?

As aranhas, a realidade e suas teias:   como não falar da seca de homens? Por Gilvaldo Quinzeiro Estamos numa   “nova teia”, as nossas já não tecem mais nada,   logo, não somos mais as mesmas aranhas. Isso implica dizer que, como diria o   filósofo grego Heráclito (335- 475 a. C) realmente não se pode “banhar duas vezes no mesmo rio”. E se pudéssemos quão suja estaria a nossa pele! Portanto, só nos   resta saber agora, se realidade que nos faz sem “teia para tecer ou sem rio para banhar”,   nos permite ao menos ser como jaboti, ou seja, carregar nas próprias costas   o que sobrou dos velhos escombros para, lá na frente tirar um leve cochilo debaixo, enquanto os outros bichos fogem em disparada do veneno dos outros. Ora, Heráclito de fato tinha razão.   Só um detalhe precisa ser acrescentado: os rios nem todos secaram; alguns como o Gandhi milagrosamente flui em seu curso de “gente”, a espera que o velho rio lhe traga um novo corpo, contudo, os homens de verdade est